segunda-feira, 18 de julho de 2011

PROIBIDA A ENTRADA DE PESSOAS PERFEITAS.

Desejamos uma espiritualidade permanentemente vigorosa, espiritualidade de caixa automático, e tentamos cultivar determinada virtude em determinado momento do tempo.

Prudência em janeiro, humildade em fevereiro, bravura em março, temperança em abril. Provemos fichas de desempenho para avaliar ganhos e perdas.

As perdas podem ser minimizadas se você contribuir com uma moeda para o garoto de rosto sujo que limpou seu pára-brisa no farol no mês de maio. Algumas vezes maio nunca chega. Para muitos cristãos a vida é im longo janeiro.

O desejo de perfeição diante de Deus começa com uma oração deste tipo:

- Caríssimo Deus tenho um único desejo na vida. - Dá-me a graça de jamais lhe ofender novamente.

Quando Deus ouve isso, solta uma grande gargalhada.

- É o que todos pedem. Mas se eu concedesse essa graça a todos, me diga, quem restaria para eu perdoar?

Porque salvação é pela graça através da fé, creio que entre a incontável multidão em pé diante do trono e do Cordeiro, trajando vestes brancas e trazendo folhas de palmeiras nas mãos (Ap. 7:9).

Veremos prostitutas que com lagrimas nos olhos usaram seu corpo para alimentar filhos indesejáveis, mulheres viveram por muito tempo assombradas porque no silêncio frio de consultórios clandestinos realizaram abortos, empresários que foram assediados pelas dividas feitas para manter aparência e venderam a integridade em uma série de transações desesperadas; pastores inseguros viciados em aprovação; adolescentes que foram molestados pelos próprios pais; e toda noite sussurra o nome de Deus, um Deus desconhecido a respeito do qual ouviu na escola dominical;

Aquela pessoa que por décadas comeu se lambuzou, quebrou cada lei de Deus e dos homens, chafurdou-se na lascívia e converteu-se no leito de morte com AIDS.

Mas com? Perguntamos. A voz então diz: [Eles] lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro.

Ali estão eles. Ali estamos nós – a multidão que queria ser fiel, que foi por vezes derrotada, maculada pela vida e vencida pelas provações, trajando as roupas ensangüentadas pelas tribulações da vida, mas, diante de tudo isso, permaneceu apegada à fé

Meus irmãos e amigos, se isso não lhes parece boa nova, você nunca chegará a compreender o evangelho da graça.

Mas, todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; aos quais não nasceram do sangue nem da vontade da carne, nem da vontade, mas de Deus

João.1.12,13

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A RELIGIÃO NÃO OFERECE GARANTIAS

Admiro-me como nos tempos antigos, e o fenômeno se repete até hoje, os ouvintes das palavras de Jesus se sentem tentados em apenas colocar dentro de suas frágeis mentes apenas o que estão ouvindo.

A pregação na época era da vinda de um “Reino”, o que seduzia pessoas que oprimidas pelas barbáries do império Romano soava como a grande chance de dar um basta em seu sofrimento emergencial.

Eles pensavam, talvez basta-nos fazer isso ou aquilo, cumprir este ao aquele ensinamento que estaremos prontos para sermos levados a este tal “Reino”?

Hoje usando a palavra “Benção” como neologismo lingüístico para “Reino”, Hoje se repete mecanicamente o que no passado se falava... Dizemos! Basta fazer isso ao aquilo, participar de tal atividade religiosa que as coisas estão resolvidas, e a partir de então tudo vai mudar, bastando apenas que eu cumpra meus ritos religiosos.

Felizmente não é assim, a religião e as praticas religiosas não oferece garantias, nem para o “Reino” nem para a “Bênção”.

Para que o movimento de homens interessados em mudar a sociedade pela simples aplicação da justiça e paz a dois mil anos atrás tinha antes de tudo que confrontar os mestres das leis religiosas.

Esta confrontação que nos trouxe o advento do cristianismo foi implantada pela integridade pessoal, de Jesus ele sugeria não precisarmos encarnar ações religiosas, obedecer religiosamente a comandos e dogmas eclesiásticos de pacotes prontos.

Viver sem as neuroses das atividades que prometem gerar garantias de “Reino” ou “Bênçãos”, percebendo que nossa única chance a abraçar o cristianismo é a alternativa que Jesus nos deixou, a saber, que “Reino” ou “Benção” se resume no fato de aceitarmos, encarnarmos, praticarmos e divulgarmos as BOAS NOTÍCIAS e não boas intenções.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ESSE É O MISTÉRIO

Sem dúvida, na vida de todos nós houve períodos de intenso fervor, nos quais quase pudemos tocar a bondade de Deus. Ler a bíblia, reuniões de oração, encontros esperando manifestações de poder, horas devocionais em fim, era agradável pensar em Deus, um consolo falar com ele, uma alegria estar em sua presença.

Talvez tudo isso tenha mudado. Podemos pré-sentir que perdemos a Cristo daquela maneira que o conhecíamos, e o mais terrível é que o que nos sucumbe ainda mais são as tentativas de retomarmos as formas, as sensações com as quais achávamos que ele se manifestava, nos sentimos opressivamente culpados porque certas emoções não nos falam mais ao coração, e dizemos a culpa é toda minha.

Más gostaria de dizer que os processos de Deus são assim, e quer saber a verdade? Na maioria das vezes o que fazíamos achando ser o supra-sumo da espiritualidade não passava de atividade para Deus, ou no máximo, atividade com Deus.

Antes e depois de nós pessoas trilharam e trilharão pelos mesmos caminhos, mas o importante saber é que “Nós o encontramos para perdê-lo. Ninguém pode aprisionar ou conter Deus com mecanismos religiosos, com cultos deterministas ou fraseologias místicas esvaziadas de verdade.

Isaias sobre onde Deus está diz: “Habito num lugar alto e santo. Mas habito também com o contrito e humilde de Espírito” Is. 57.15. Veja como estão fora de nosso controle as sensações de presença! E esse é o maravilhoso mistério, Deus habita em nós, quanto mais perto chegamos mais longe ele fica; quanto mais longe ele fica mais perto está, processo de fé, certeza de coisas que não se vêem.

A espiritualidade cristã implica esse ir e vir da revelação da presença de Deus, a busca para encontrar-lo sem que possamos segurar-lo.

Temos comunhão com ele, mas não podemos deter-lo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE

Felizes os sem-agenda, eles terão tempo de se relacionar com afeto e significado.

Felizes os inseguros, pois colocarão sua confiança no Senhor

Com a graça, todos os recomeço é possíveis.

O futuro do arrependimento é a salvação na terra e festa no céu.

É a fragilidade humana que pode encontrar o poder de Deus.

O Espírito é santo porque é o Espírito do Pai e do Filho.

Felizes os tolerantes, pois terão muitos amigos e poucos

inimigos.

“Penso logo existo”, disse Descartes; “consumo, logo existo” diz o homem moderno. O Cristão diz “Amo logo existo”

Agitação correria não deixa espaço para a paz que excede todo entendimento.

A graça é de graça; todo o resto está à venda, ou seja, há um preço a se pagar.

Bem aventurados os que não sabem, pois poderão perguntar e aprender.

Quando estou feliz, canto louvores; quando estou triste, canto lamentos, ó meu Senhor.

A verdadeira espiritualidade não nos torna mais espirituais, e sim mais humanos.

DENTRO E FORA

Os ricos em espírito dedicam tempo considerável para pensar sobre o que lhes falta possuir; os pobres, para desfrutar e celebrar o que já têm.

No último século, o filósofo ateu Friedrich Nietzsche censurou um grupo de cristãos com as seguintes palavras: " Eca! Vocês me enojam!". Quando o porta-voz dos cristãos perguntou por que, Nietzsche respondeu " Porque vocês, remidos, não parecem redimidos!". Os ricos são freqüentemente tão abatidos, cheios de culpa, ansiosos e insatisfeitos quanto seus semelhantes descrentes. Os pobres gritam: "Fica bem dar-lhe graças e louvor"

"BEM AVENTURADO OS POBRES EM ESPÍRITO, POIS DELES É O REINO DOS CÉUS"

Mateus 5.3

terça-feira, 5 de julho de 2011

VENDO O INTERIOR DO CORAÇÃO

A amabilidade de Jesus para com os pecadores brotava de sua capacidade de ler o coração deles e detectar a sinceridade e a bondade. Por trás dos gestos mais ranzinzas e dos mecanismos de defesa mais enigmáticos dos homens, por trás da arrogância e das máscaras, por trás de seu silêncio, das feições de desprezo e das imprecações, Jesus via criancinhas que não haviam sido amadas o bastante, tendo deixado crescer porque alguém deixara de acreditar nelas. A sensibilidade e a compaixão extraordinárias de Jesus fizeram que ele (e mais tarde também os apóstolos) falasse dos fiéis como "crianças", não importando quão altos, ricos, inteligentes e bem sucedidos fossem.