quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PERDÃO E A JUSTIÇA RETRIBUTIVA.



Depois de falarmos um pouco da fome, identificando-nos como seres famintos, desejosos, insatisfeitos porque acabamos tendo sempre a expectativa de que algo novo aconteça para encontrarmos satisfação e quando a satisfação é suprida voltamos a ter fome e que o exercício para nos livrarmos desta fome pelo que não é pão só pode vir do entendimento de que temos nossas necessidades supridas por Deus porque “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes” pretendo falar sobre o aspecto do: Peso da Culpa.

Na oração que Jesus ensina a seus discípulos existe um bloco em que ele diz: “E perdoa as nossas dívidas assim como “sabemos perdoar”(grifo meu)

Tenho para mim que todos nós nutrimos sentimentos de culpa, seja por não conseguimos honrar nossa palavra, seja por não conseguirmos levar adiante os nossos intentos, seja por não finalizarmos nossos projetos, ou cumprirmos os nossos votos, concretizarmos as nossas promessas, não só a promessa que fazemos aos outros, mas as que fazemos a nós mesmos, E quando isso acontece, a nossa própria consciência nos chama a atenção.

Não é raro nos sentirmos culpados em relação a estas coisas e também ao próximo. Todos nós temos dívidas que nos oprimem, nos sentimos endividados, por exemplo, como pais, como cidadãos, como cônjuges, como filhos, como amigos, como cristãos. E não falta é gente apontando o dedo para gente cobrando sempre alguma coisa a mais, dizendo que nós estamos em falta.

Você já deve ter ouvido, por exemplo: Eu esperei tanto seu telefonema e você não me ligou? Eu estava esperando você aparecer e você não veio? Fiquei disse que me daria àquela reposta e você nem me mandou um Email?

E são cobranças muitas vezes disfarçadas de amor, mas geralmente  carregadas de carência, expressões que muitas vezes tem aparência de amizade mas que no fundo são mesmo é cobrança.

Não bastasse a voz da nossa consciência, existe ainda a daqueles que nos querem mal as vozes daqueles que nos querem bem, e ainda tem a voz do diabo.

E é ele que lança sobre nós as nossas dividas em momentos mais inadequados, quando estamos mais vulneráveis, nos momentos de maior necessidade de comunhão com Deus ele nos lança em rosto o nosso pecado e a nossa culpa.

Na oração de Jesus onde ele apresenta sua síntese religiosa vejo  aspectos que podem nos dar uma direção na compreensão deste “perdoa as nossas dividas, assim como sabemos perdoar”

A primeira coisa é que o evangelho do Senhor Jesus não é o evangelho do alto aperfeiçoamento, o evangelho do Senhor Jesus é o evangelho do perdão, a religião de Jesus não convida pessoas a que se tornem melhores, não convida pessoas à que se desenvolvam, não convida pessoas à que se aprimorem; A religião de Jesus convida pessoas culpadas, para lhes oferecerem o perdão de Deus e isso estabelece uma total desvinculação ao evangelho da justiça retributiva.

Na religião de Jesus não cabem palavras do tipo, eu mereço, eu não mereço, este raciocínio é estranho à religião de Jesus, pessoas que tentam se relacionar com Deus acreditando que poderiam fazer alguma coisa para virem a merecer o favor de Deus, estão iludidas, A religião de Jesus descarta este tipo de raciocínio. Na religião de Jesus ninguém ganha conforme seus méritos ou perde conforme seus deméritos, na religião de Jesus você é simplesmente perdoado.

Qualquer um que queria se aproximar de Deus com base na justiça retributiva fala sozinho, não fala com Deus porque Deus não conversa nestes termos.

Em Lucas:18.9-14 a bíblia conta-nos a parábola que: “Subiram dois homens a orar ao templo, um, Fariseu e outro Publicano. O Fariseu de pé orava de si para si mesmo” [...] Na continuação da leitura você poderá perceber o que eu chamo de “Religião da Justiça Retributiva”.

Somos na realidade oprimidos e somos massacrados pelo fato de acharmos que não estamos alcançando perfeitamente os padrões exigidos, quer seja ouvindo pessoas que estão ao nosso redor, quer seja através da própria consciência, quer seja por Deus ou pelo diabo.
A culpa pesa tanto em nossas vidas porque achamos que de alguma forma podemos pagar a Deus pelo seu “amor”. E na religião de Jesus este peso (fardo) é tão simples de ser retirado de nossa consciência, e acontece quando aprendemos a perdoar sem a idéia de que nosso perdão é porque somos melhores “Justiça retributiva”.

O perdão é a única divida que temos, mas não é há Deus que devemos! Devemos isso a nós e aos nossos iguais (semelhantes) sujeitos às mesmas opressões que vivemos. Paulo diz em “Romanos.13:8 - Ninguém devais nada exceto o amor”.

Só se sente perdoado quem se sente amado, só perdoa quem sabe repartir o amor recebido.

Que Deus nos ajude, hoje e sempre.

Com Cristo, a caminho de Cristo.   

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O GIGANTE, A MULHER E UM LIVRO DE POESIAS.

Existem na vida fases que encaramos situações que determinam nossas ações. Ao escrever este post tentei fazer um paralelo de alguma das facetas da vida do homem que em "Atos 13.22" é chamado de o homem segundo o coração de Deus.

O chamado de Davi como o ungido de Deus a fim de dar continuidade à primeira dinastia Judaica que tem inicio por meio de Saul que tomba no campo de batalha. Durante o reinado de Saul acontece um lance que eterniza a ousadia juvenil deste garoto chamado Davi. Em I Samuel 17 diz que ele ao levar alimento aos irmãos contempla uma situação de vexame para Israel. O gigante filisteu lançando provocações contra o exercito de Saul e o que mais incomodou o rapaz a total falta de coragem para enfrentar-lo contra os impropérios contra o Deus de Israel.

Diante desta situação, o arroubo juvenil do pequeno ruivo o fez tomar uma atitude que surpreendeu a todos. Embora Saul o tente vestir-lo como guerreiro ele abre mão dos paramento e vai contra o desafiante portando apenas uma arma rudimentar chamada (funda) "pequena base de couro para alojar a munição (pedra) amarrada por duas tiras também de couro que ao ser rodada com certa técnica no momento exato e com movimento preciso disparava a munição quase sempre de maneira mortal contra o o alvo, que neste caso foi o gigante filisteu. A carnificina que se segue não nos interessa neste momento, mas a conclusão do tema "O Gigante" retrata bem o que acontece com a maioria de nós quando temos impeto suficiente para qualquer um que se oponha ou declare suficientemente grande para oprimir aqueles a quem Deus ama.

O tempo passa, empossado rei de Israel Davi goza de um prestigio inestimável em meio ao povo. Deus dá em suas mãos povos inimigos, lhe permite como rei ter tudo que deseja, tem inclusive algumas esposas como, Ainoã, Abigail, Maaca, Hagite, Abital e Eglá quando reinou em Hebrom, como rei quando muda para Jerusalém casou-se com Bate-Seba.


A expansão de seu reino financeiramente é invejável seus projetos ambiciosos, haviam guerras mas ele as vencia. Mas em determinado momento, enquanto uma guerra estava em curso Davi (o homem segundo o coração de Deus) passeia no alpendre de seu palácio, vislumbra ali uma senhora casada, com um de seus soldados, daqueles que como ele na juventude tinha o impeto para defender a honra do Rei e em consequência a do Senhor que o Rei servia, Deus.

Davi não resiste, deita-se com a mulher, lambuza-se de prazer, dispensa a mulher e logo saber que ela está gravida. Neste momento não é mais o jovem com o impeto corajoso que está na defesa de uma causa em nome do Deus que ama que se manifesta, está lá o Rei, que abusa do poder de ser rei e despreza tudo o que Deus havia lhe dado de melhor, deu-lhe esposas como: Ainoã, Abigail, Maaca, Hagite, Abital e Eglá enquanto reinou em Hebrom. Deois mudou-se para capital Jeruralém onde conheceu e casou-se com Bate-Seba.

Quando a bíblia diz que Deus é amor é porque existem características importanticimas no exercício deste amor, e uma delas é o respeito pelo próximo. Alguns preferem dizer que Deus é poder e Deus o é, mas mesmo na bíblia ele prefere ser relacionado ao amor, poder cria diferenças, amor promove igualdade.

E finalmente chegamos ao Livro de Poesias. Depois destas duas fazes que o homem segundo o coração de Deus se vê envolvido resta-lhe começar a rascunhar o que depois se tornaria o livro de Salmos. Neste livro de poesias existem obras que nos mostram um homem amargurado ao profundo de seu ser, um homem arrependido de tudo que deixou de fazer por um prazer efémero, um homem que descobre que só olhando com olhos e coração de confissão é capaz de reatar os versos contidos neste livro.

Salmodiar e lamentar é a ambivalência da fé que nos leva ao arrependimento, saber dar a Deus louvores deve também ensina-lo a angustiar-se pelas lutas e provas. Davi morre, sua história permanece, as vezes me vejo diante de gigantes, dos prazeres suscetíveis  a todos gênero humano, mas tenho aprendido a buscar consolo no livro de poesias do homem segundo o coração de Deus, para que eu me torne ao menos um homem que almeja o coração de Deus.

Paz e Bem


terça-feira, 4 de outubro de 2011

RESIGNAÇÃO COM CUMPLICIDADE



E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”.  Atos 2:42-47

A decadência de uma sociedade começa quando o homem pergunta a si mesmo: O que irá acontecer? Em vez de: O que posso fazer? A decadência seja da sociedade mais ampla, seja em quaisquer instâncias como família, trabalho, política e em nosso caso a igreja , quando tem seu princípio imperativo ético da ação substituído pela acomodação e pela espera desalentada, isto é, quando se abre mão do dever de libertar e se exige algo para ser exatamente agente de libertação.

Ao ler o texto de “Atos 2.42-47” resolvi fazer um pequeno exercício exegético sobre “Resignação com Cumplicidade”.

A igreja primitiva ou a igreja primeira começou a se apresentar de forma “Resignada com Cumplicidade” buscando estar de forma presente na sociedade.

Primeiro eles estavam juntos, tornaram-se uma cooperativa, a igreja primitiva era uma grande cooperativa, eles estavam juntos o tempo todo comiam juntos todo dia eles oravam eles perseveravam cresciam na doutrina dos apóstolos eles queriam ser melhores cristãos, eles queriam ser seguidores de Jesus e entenderam que Deus estava reinventando a humanidade porque esta é a proposta da igreja de Cristo.

Jesus não veio montar uma religião, não veio disputar com outras religiões, não veio apresentar-se como um Deus melhor que outros, até porque não existem outros deuses. Porque a praia de Deus é a humanidade, por isso Deus veio reinventar-la, essa é a idéia, a igreja é Deus reinventando a humanidade, chamando a humanidade a sua origem, seu propósito, de ser gente por meio da “Resignação com Cumplicidade”.

Portanto a humanidade na cabeça de Deus é uma grande cooperativa, onde todos trabalham por todos de modo que ninguém esteja abandonado em hipótese alguma, ninguém fica sozinho, ninguém sofre sozinho, ninguém fica sem saída, porque existem “Resignação e Cumplicidade” no evangelho cooperativo.

É desta forma que eles nos mostram e nos ensinam a respeitar Deus, a igreja primitiva respeitava Deus, que faz toda a diferença. A grande maioria dos seres humanos esqueceu que o único jeito de viver bem é respeitar Deus; Porque quando a gente respeita Deus a gente passa a respeitar tudo o que Deus criou, e respeita a si mesmo,  porque fomos criado por Deus, e trata as outras pessoas a partir deste respeito que a gente tem por Deus, isso é revolucionário é o principio da “Resignação com Cumplicidade” fazer tudo na vida  a partir do principio de um profundo respeito por Deus, relacionar-se com tudo e com todos a partir deste principio.

Quando Deus sente que existe este respeito Deus responde com prodígio e sinais, uma das características da igreja primitiva era o profundo respeito por Deus, e quando Ele se vê respeitado ele responde com prodígios e sinais.

A frase do texto “Vendiam suas propriedades e bens e repartiam à medida que alguém tinha necessidade” é uma frase revolucionária também, por quê? Porque ele diz que quem dá o tom da ação da comunidade não é a possibilidade da comunidade, mas a necessidade de quem a comunidade beneficiará, com “Resignação com Cumplicidade”.

Paz e Bem.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

CUIDADO COM A TACOCRACIA

                                      
Se você não se cuidar a “Tacocracia” vai te alcançar.


Foi em uma palestra do professor Mário Sergio Cortella, professor de filosofia da PUC que ouvi pela primeira vez esta palavra. Mas o que é “Tacocracia”? Os antigos gregos, avós da cultura ocidental, usavam o termo “Tákhos” que quer dizer rápido para expressar uma característica ou qualidade específica de algo, não poderiam imaginar que nós seus herdeiros poderiamos também utilizar a mesma expressão como critério de qualidade para as coisas em geral.

Estamos próximos, muito próximos, de uma “Tacocracia”, na qual a rapidez em todas as áreas aparece como um poder quase imperativo e como exclusivo parâmetro para aferir se alguma situação, procedimento ou relação serve ou não serve para as coisas em geral.

A pressa não é mais inimiga de perfeição? Devagar se vai ao longe? Há. Ainda, algum valor que possa ser atribuído a algo que demora um pouco mais para ser feito, ou conquistado? Minha resposta é Não; não temos mais tempo! Cada dia levantamos mais cedo e vamos dormir mais tarde, sempre com a sensação de que o dia deveria ser mais extenso ou não soubemos nos organizar direito.

Não olhamos mais para o relógio para ver que horas são, mas, sim para verificar o quanto falta. É essa urgência de visualizar o intervalo espacial entre os ponteiros que faz, por exemplo, as pessoas dizerem que “até Deus está com pressa”. Quando pedimos pizza ou vamos almoçar em um restaurante a pergunta recorrente é: “Vai demorar em ficar pronto? Em outras circunstancia parece-me ainda mais evidente com, por exemplo, Vou demorar em aprender isso, A conexão é demorada, Ler um livro é demorado, O culto é demorado.

Será um exagero pensar que estamos sendo invadidos pela “Tacocracia”? .Vou contar uma experiência pessoal. Embora eu não seja um freqüentador assíduo de fast foods vez por outra me pego observando como as pessoas se comportam nas praças de alimentação.

Embora reconheçamos que à hora em que nos alimentamos seja sagrada, mas é fácil perceber que já não escolhemos a comida por sua propriedade, passamos a escolher o que vamos comer por número no lugar de nome, não esperamos além de minutos para receber-la; Essa comida deve ter uma consistência que me permita dispensar o trabalho de mastigar muito, podendo inclusive comê-la segurando na mão, após é claro tirar-la de um saco de papel. Fazemos isso em um incomodo banquinho fixo desconfortável diante de uma mesa incomoda ou vivenciando o ápice civilizatório de fazer tudo isso dentro do próprio carro enquanto dirijo.

É pratico? Sem duvida. Mas, é bom? Possibilita que eu ganhe tempo, más, o que faço com este tempo que ganhei? Vou desfrutar mais lentamente de outras coisas ou vou continuar correndo?

Tem alguma coisa errada nessa turbinação toda.

Este processo está bem presente em nossos encontros religiosos, precisamos uma dinâmica litúrgica cronometrada, não há tempo para certos privilégios comunitários, as relações entre irmãos se fazem de forma rápida.

O momento de ceia é o ultimo instante de nossos cultos. Comemos e bebemos simbolicamente os elementos da ceia, mas esquecemos que na prática este momento foi festejado por Jesus com o desejo de estar por mais tempo com seus discípulos. 

Vamos promover mais qualidade de tempo em torno da mesa, vamos enxergar a mesa como um lugar de encontros que nos faça mais íntimos uns dos outros, vamos celebrar ao Cristo que em torno da mesa desejou que estivéssemos nós até que Ele venha.

Em Cristo a caminho dEle.  

terça-feira, 20 de setembro de 2011

RAÍZES E ÂNCORAS


Na vida, nós devemos ter raízes, e não âncoras. Raiz alimenta, âncora imobiliza. Quem tem âncora vive apenas a nostalgia e não saudade. Nostalgia é uma lembrança que dói, saudade é uma lembrança que alegra. Uma pessoa tem saudade quando tem raízes, pois o passado a alimenta. Vou sair da minha cidade, do meu país, mas minha cidade, meu país não vão sair de mim vou feliz sem esquecer minhas raízes. Pessoas que têm nostalgia estão quase sempre às voltas com um processo de lamentação.

Como curiosidade, lembro que a palavra nostalgia foi criada por um médico alemão no século 19. Naquela época, quem tinha ferimento feio tinha de amputar o membro ferido. E, como hoje, muita gente que perdeu uma parte do corpo relata continuar sentindo desconforto, coceira ou dor no membro que não existe mais. E então o médico alemão pegou duas palavras gregas antigas e as uniu: nosto, que significa volta, e algo, que quer dizer dor. Assim, nostalgia ficou sendo a dor da volta, a dor daquilo que já se foi e continua doendo.

Todos nós temos raízes e também âncora. O problema é quando as âncoras superam as raízes. O nostálgico amarga e sofre, o saudoso se alegra, pois ele deixa fruir aquilo que viveu. O nostálgico se aproxima daquilo que os antigos chamavam de melancolia e que hoje é chamado de depressão, esse perigo. Vez ou outra é preciso fazer um “balanço” de mim mesmo, de modo a ver se estou sendo puxado para as raízes ou para as âncoras, para a saudade ou nostalgia, para a alegria ou para a depressão.

Em qualquer ano que uma pessoa tenha atravessado, é impossível viver sem cicatrizes. Quando falo em cicatrizes falo sobre marcas, por exemplo: Tenho um grande amigo chamado Bruno, há pouco tempo ele recebeu a notícia que será pai dentro de pouco tempo, tenho percebido esta cicatriz benéfica na vida dele, quando encontrar-lo daqui algum tempo jamais poderei dizer a ele – Nossa Bruno você não mudou nada! Claro que mudou, ser pai cicatriza.  Por isso, uma das coisas que não desejo ouvir quando encontrar com alguns de meus leitores quando estiver em vista ao Brasil é: “Romildo, você não mudou nada!” Como não mudei? Só o fato de ter saído, partilhado, compartilhado, vivenciado, convivido com pessoas, experimentado coisas, tudo isso fará com que eu mude. Muitas coisas que eu pensando no começo do ano não penso mais e vice-versa, pois sou capaz de mudanças, graças aos Deus.

Sou um ser flexível, e ser flexível é muito diferente de ser volúvel. Flexível é aquele que muda quando considera adequado mudar. Volúvel é aquele que muda por qualquer coisa. A nostalgia é tristeza da mudança continua. A saudade é a experiência de mudança que conduz ao crescimento. A nostalgia é uma armadilha, registrada pelo estupendo poeta Português Fernando Pessoa em um dos versos mais brilhantes da língua portuguesa, que está num poema escrito em 1930 e assinado por Álvaro de Campos, um de seus heterônomios: “Compre chocolate à criança a quem sucedi por erro”. À criança a quem sucedi por erro!! Ora, isso é nostalgia pura, dor pura. Não é uma raiz. É uma âncora, nostalgia e da mais dolorosa, aquilo que Carlos Drummond de Andrade chamou de “a pedra no meio do caminho”.

Percalços são inevitáveis, toda vida é composta por erros e acertos, por dores e delícias. A maioria das pessoas acredita piamente que aprendemos com erros. Cautela com isso. Em minha opinião, aprendemos é com a correção dos erros; se aprendêssemos com erros, o melhor método pedagógico seria errar bastante. Ora, brincando, podemos lembrar que todo cogumelo é comestível – só que alguns uma única vez... Eis um equivoco que não dá para corrigir depois

Não é erro; é a correção do erro que ensina. 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SOMOS IGREJA OU DENOMINAÇÃO (final)


Encerrei minha ultima postagem com uma afirmação “A igreja nunca foi mencionada na Bíblia como local onde se experimenta um estado de Espírito, ao contrário a denominação se apresenta com esta proposta.” Minha proposta não é questionar o fato de existirem denominações, mas de sugerir que existe uma diferença brutal entre ela e a igreja. 


Na continuação voltemos ao texto no livro de Mateus 16.16-18. Jesus já havia dito a Pedro sobre a sua condição de ser alguém mais que feliz por ter compreendido qual de era a posição de Jesus o Cristo no contexto Espiritual na constituição de um organismo Espiritual que se chamaria igreja. Logo em seguida diz o Senhor a Pedro “Eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja, e as portas do inferno não poderão vencer-la” (Tradução NVI) Observamos uma seqüência de advertências irrevogáveis que Jesus faz: 

Diz Ele a Pedro: - Sobre este fundamento que o meu Pai lhe revelou, será mostrado ao homem o maior milagre que ele poderá testemunhar, por meio desta revelação que você acaba de receber de meu Pai, irá se estabelecer definitivamente uma verdade imutável, ela exercerá uma influencia tão grande mais tão grande, que quando você meus discípulos começarem a falar sobre ela, nenhuma criatura racional sobre a face da terra, nem principados ou potestades poderão levantar-se contra ela e esta verdade é: “Eu sou o Cristo o filho do Deus vivo” e a partir desta verdade absoluta e imutável, vocês vão se ajuntar seja dois ou três ou milhares, e chamo a partir de agora está atitude de ajuntamento de igreja, que será “Minha”, serei dela a cabeça, serei dela o mentor, serei dela o defensor, zelarei por ela. 

Vez por outra alguém chega com uma expressão alarmista dizendo – Você viu o que estão fazendo em nome de Deus naquela determinada igreja? – Você soube do escândalo que aquela igreja provocou? – Ah esta igreja está fazendo um desserviço para a igreja de Cristo? 

Gostaria de estimular você a não se deixar levar por estas notícias, quando as tais chegarem a você apena aperte o “Del” não será pecado você não saber daquilo que não te diz respeito, a igreja é Dele, se vier de forma verbal apenas saiba, “Ele disse a igreja é minha e nem as portas do inferno prevalecerão contra ela” foi isso que Jesus disse, não desanime quando vir a sociedade tão corrompida isso significa avanço da igreja - com pode ser avanço da igreja? Só virá a luz o que as está por baixo de trevas, “As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja”. 

Que seja por meio da igreja (leia-se) “ajuntamento por Ele e para Ele” conhecida as muitas formas da sabedoria de Deus, pois foi por meio da obra realizada por Jesus que temos hoje livre acesso a Deus em confiança, pela fé.

PAZ E BEM A TODOS, EM CRISTO POR CRISTO A CAMINHO DE CRISTO

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

SOMOS IGREJA OU DENOMINAÇÃO? - (parte 1)

E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; (Mateus. 16. 16-18) 

A partir deste texto conhecido como a confissão de Pedro gostaria de discorrer sobre a pré-ocupação exagerada sobre a Igreja. Gostaria de salientar que li este texto sobre muitas outras perspectivas diferentes desta que agora pretendo apresentar.

Não sei se você, assim como eu, observa certa histeria generalizada quanto ao futuro da igreja, seja ela em âmbito nacional ou mundial, frases como “Precisamos avaliar os rumos que a igreja está tomando”, ou, “O mundo está entrando na igreja” livros apresentam a igreja com adjetivos como: “A igreja emergente” ou “A igreja com propósitos”, depoimentos alarmantes e alarmistas sobre o futuro da igreja estão espalhados por sites do mundo inteiro.

Bem! De fato e isto não é boato, A igreja vem passando por transformações significativas sobre vários aspectos como, por exemplo: A igreja nunca esteve tão mal representada no meio político como hoje está a igreja nunca se viu envolvida em tantos escândalos financeiros de cifras tão elevadas como hoje, a igreja nunca esteve tão chafurdada em pecados morais, mentiras, falcatruas, ausência de ética como hoje, mas a pergunta que se faz é? Os escândalos estão na igreja ou nas denominações que se autodenominam igreja?

Vamos fazer uma pequena pausa para um exercício exegético sobre o texto de nosso irmão Mateus.

Um fenômeno social na época dos fatos de onde tiro minha reflexão, é também um acontecimento bastante peculiar ao que vivemos hoje. Havia grupos oriundos do Judaísmo como: Os Saduceus, partido constituído por grandes proprietários de terras e membros da elite sacerdotal, havia os Escribas que embora não estavam ligados a um segmento social específico, nem constituíam uma seita ou partido, na acepção estrita das palavras, desfrutavam de enorme autoridade, como intérpretes abalizados das Sagradas Escrituras, os Fariseus que faziam parte de um movimento com ramificações em todas as camadas sociais, principalmente nas classes dos artesãos e pequenos comerciantes, e os zelotes, que depositaram grande esperança na liderança política de Jesus.

Veja que a pergunta de Jesus aos discípulos solicitava uma resposta que fosse dada a partir da analise sociocultural dos momentos políticos e religiosos da época, seria mais ou menos como perguntar a um cidadão brasileiro qual é o melhor técnico para seleção brasileira, evidentemente haveria uma enorme lista de qualificados e qualificações para formulação de uma resposta.

Na narrativa que se segue, os discípulos apresentam vários estereótipos utilizáveis na opinião da sociedade em relação a quem era Jesus, mas em uma súbita explosão de revelação divina inspirativa Pedro diz: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”.

Esta afirmação de Pedro me parece a porta de entrada para o exercício exegético destes três versículos em questão. O reconhecimento de Pedro em primeira instância parece ser somente uma afirmação simplista como as que fazemos hoje, como “Glória a Deus”, “O Sangue de Jesus tem poder”, “Só o Senhor é Deus” etc.

Mas observe a seqüência do diálogo iniciado a partir desta explosão de verdade vinda de Pedro. Jesus ouvindo isto responde “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas”. Jesus me parece tão extasiado com a resposta que imediatamente faz uma referencia elogiosa a Pedro com a expressão “Bem Aventurado”, ou seja, “Você é mais que feliz Pedro”.

Você pode estar se perguntando? O que isso tem haver com o título desta postagem? É bem verdade que parece que não chegaremos até um ponto de convergência, mas exegese é assim mesmo.

Culturalmente tratamos a “Bem Aventurança” ou “Muita felicidade” a partir de coisas que nos façam felizes, melhorando um pouco minha argumentação eu diria que estamos passando por um processo de “coisificação” da felicidade, me parece haver uma convocação intencional neste sentido quando não entendemos a felicidade apenas como um estado de Espírito.

A Igreja nunca foi mencionada na bíblia como um local onde se experimenta um estado de Espírito, ao contrário disso, a Denominação se apresenta com esta proposta o tempo todo em todo tempo. A entidade denominacional não é uma entidade espiritual porque se diz igreja, nem é igreja porque se denomina.
(Continua na parte II)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

VIVER AGORA, PAGAR DEPOIS


Santo Agostinho, um dos grandes formuladores do catolicismo, uniu a teologia à filosofia. Sua contribuição para o estudo das taxas de juros, ainda que involuntária, foi tremenda. Em suas ”Confissões”, o bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, conta que, ainda adolescente clamou a Deus que lhe concedesse a castidade e a continência e fez uma ressalva - ansiava por essa graça, mas não de imediato. Ele admitiu que receava a concupiscência natural da puberdade. 


A atitude de Santo Agostinho traduz impecavelmente a urgência do ser humano em viver o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de adiar quanto puder a dor de arcar com as conseqüências do desfrute presente sejam elas de ordem financeira ou de saúde. 

É justamente essa urgência que explica a predisposição das pessoas, a pagarem altas taxas de juros para usufruir o mais rápido possível seu objeto de desejo. Os juros são o preço que se paga pelo adiantamento do prazer, isso acontece porque o homem não sabe por quanto tempo vai viver e, portanto valoriza excessivamente o presente, paga caro hoje porque não sabe se vai estar vivo ou em condições de usufruir seu objeto de desejo no futuro, parece-me uma troca quase chegando às raias da naturalidade.

Somos instigados ao proveito material imediatista, compramos automóveis com juros escorchantes, com carnês de financiamento que mais parecem um exemplar da bíblia por puro desejo imediato, e às vezes para não dizer sempre levamos a chaves do bem para ser (ungido-animismo), (trataremos deste assunto em outra ocasião) onde será que colocaremos em breve os textos que tratam de ansiedade?

Paz e bem a todos que de alguma forma buscam esta libertação.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A CASA DO PAI ESPERA FILHOS TODOS OS DIAS

Se você tiver de aprender uma só verdade, aprenda esta: a vida espiritual começa com nossa aceitação do amor pleno e sincero de Deus pelo nosso eu ferido, quebrantado, hostil e triste. Não há outro ponto de partida.

Deus nos chama a todos para fora do esconderijo. Ele nos chama de onde quer que tenhamos ido para encontrar a vida, chama-nos de volta para casa. Deus é o pai que ama loucamente, que fica esperando na janela até que o filho que se perdeu recupere o juízo e pense no caminho de volta, o pai que agora corre para se encontrar com seu filho(a) e abraça-lo(a), carregando-0(a) pelos últimos metros da caminhada, de modo que possam recomeçar a vida do zero, como se nada de mau houvesse acontecido, como se a festa que ele pretende dar naquela noite fosse para comemorar o nascimento do filho.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

PROIBIDA A ENTRADA DE PESSOAS PERFEITAS.

Desejamos uma espiritualidade permanentemente vigorosa, espiritualidade de caixa automático, e tentamos cultivar determinada virtude em determinado momento do tempo.

Prudência em janeiro, humildade em fevereiro, bravura em março, temperança em abril. Provemos fichas de desempenho para avaliar ganhos e perdas.

As perdas podem ser minimizadas se você contribuir com uma moeda para o garoto de rosto sujo que limpou seu pára-brisa no farol no mês de maio. Algumas vezes maio nunca chega. Para muitos cristãos a vida é im longo janeiro.

O desejo de perfeição diante de Deus começa com uma oração deste tipo:

- Caríssimo Deus tenho um único desejo na vida. - Dá-me a graça de jamais lhe ofender novamente.

Quando Deus ouve isso, solta uma grande gargalhada.

- É o que todos pedem. Mas se eu concedesse essa graça a todos, me diga, quem restaria para eu perdoar?

Porque salvação é pela graça através da fé, creio que entre a incontável multidão em pé diante do trono e do Cordeiro, trajando vestes brancas e trazendo folhas de palmeiras nas mãos (Ap. 7:9).

Veremos prostitutas que com lagrimas nos olhos usaram seu corpo para alimentar filhos indesejáveis, mulheres viveram por muito tempo assombradas porque no silêncio frio de consultórios clandestinos realizaram abortos, empresários que foram assediados pelas dividas feitas para manter aparência e venderam a integridade em uma série de transações desesperadas; pastores inseguros viciados em aprovação; adolescentes que foram molestados pelos próprios pais; e toda noite sussurra o nome de Deus, um Deus desconhecido a respeito do qual ouviu na escola dominical;

Aquela pessoa que por décadas comeu se lambuzou, quebrou cada lei de Deus e dos homens, chafurdou-se na lascívia e converteu-se no leito de morte com AIDS.

Mas com? Perguntamos. A voz então diz: [Eles] lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro.

Ali estão eles. Ali estamos nós – a multidão que queria ser fiel, que foi por vezes derrotada, maculada pela vida e vencida pelas provações, trajando as roupas ensangüentadas pelas tribulações da vida, mas, diante de tudo isso, permaneceu apegada à fé

Meus irmãos e amigos, se isso não lhes parece boa nova, você nunca chegará a compreender o evangelho da graça.

Mas, todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; aos quais não nasceram do sangue nem da vontade da carne, nem da vontade, mas de Deus

João.1.12,13

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A RELIGIÃO NÃO OFERECE GARANTIAS

Admiro-me como nos tempos antigos, e o fenômeno se repete até hoje, os ouvintes das palavras de Jesus se sentem tentados em apenas colocar dentro de suas frágeis mentes apenas o que estão ouvindo.

A pregação na época era da vinda de um “Reino”, o que seduzia pessoas que oprimidas pelas barbáries do império Romano soava como a grande chance de dar um basta em seu sofrimento emergencial.

Eles pensavam, talvez basta-nos fazer isso ou aquilo, cumprir este ao aquele ensinamento que estaremos prontos para sermos levados a este tal “Reino”?

Hoje usando a palavra “Benção” como neologismo lingüístico para “Reino”, Hoje se repete mecanicamente o que no passado se falava... Dizemos! Basta fazer isso ao aquilo, participar de tal atividade religiosa que as coisas estão resolvidas, e a partir de então tudo vai mudar, bastando apenas que eu cumpra meus ritos religiosos.

Felizmente não é assim, a religião e as praticas religiosas não oferece garantias, nem para o “Reino” nem para a “Bênção”.

Para que o movimento de homens interessados em mudar a sociedade pela simples aplicação da justiça e paz a dois mil anos atrás tinha antes de tudo que confrontar os mestres das leis religiosas.

Esta confrontação que nos trouxe o advento do cristianismo foi implantada pela integridade pessoal, de Jesus ele sugeria não precisarmos encarnar ações religiosas, obedecer religiosamente a comandos e dogmas eclesiásticos de pacotes prontos.

Viver sem as neuroses das atividades que prometem gerar garantias de “Reino” ou “Bênçãos”, percebendo que nossa única chance a abraçar o cristianismo é a alternativa que Jesus nos deixou, a saber, que “Reino” ou “Benção” se resume no fato de aceitarmos, encarnarmos, praticarmos e divulgarmos as BOAS NOTÍCIAS e não boas intenções.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ESSE É O MISTÉRIO

Sem dúvida, na vida de todos nós houve períodos de intenso fervor, nos quais quase pudemos tocar a bondade de Deus. Ler a bíblia, reuniões de oração, encontros esperando manifestações de poder, horas devocionais em fim, era agradável pensar em Deus, um consolo falar com ele, uma alegria estar em sua presença.

Talvez tudo isso tenha mudado. Podemos pré-sentir que perdemos a Cristo daquela maneira que o conhecíamos, e o mais terrível é que o que nos sucumbe ainda mais são as tentativas de retomarmos as formas, as sensações com as quais achávamos que ele se manifestava, nos sentimos opressivamente culpados porque certas emoções não nos falam mais ao coração, e dizemos a culpa é toda minha.

Más gostaria de dizer que os processos de Deus são assim, e quer saber a verdade? Na maioria das vezes o que fazíamos achando ser o supra-sumo da espiritualidade não passava de atividade para Deus, ou no máximo, atividade com Deus.

Antes e depois de nós pessoas trilharam e trilharão pelos mesmos caminhos, mas o importante saber é que “Nós o encontramos para perdê-lo. Ninguém pode aprisionar ou conter Deus com mecanismos religiosos, com cultos deterministas ou fraseologias místicas esvaziadas de verdade.

Isaias sobre onde Deus está diz: “Habito num lugar alto e santo. Mas habito também com o contrito e humilde de Espírito” Is. 57.15. Veja como estão fora de nosso controle as sensações de presença! E esse é o maravilhoso mistério, Deus habita em nós, quanto mais perto chegamos mais longe ele fica; quanto mais longe ele fica mais perto está, processo de fé, certeza de coisas que não se vêem.

A espiritualidade cristã implica esse ir e vir da revelação da presença de Deus, a busca para encontrar-lo sem que possamos segurar-lo.

Temos comunhão com ele, mas não podemos deter-lo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE

Felizes os sem-agenda, eles terão tempo de se relacionar com afeto e significado.

Felizes os inseguros, pois colocarão sua confiança no Senhor

Com a graça, todos os recomeço é possíveis.

O futuro do arrependimento é a salvação na terra e festa no céu.

É a fragilidade humana que pode encontrar o poder de Deus.

O Espírito é santo porque é o Espírito do Pai e do Filho.

Felizes os tolerantes, pois terão muitos amigos e poucos

inimigos.

“Penso logo existo”, disse Descartes; “consumo, logo existo” diz o homem moderno. O Cristão diz “Amo logo existo”

Agitação correria não deixa espaço para a paz que excede todo entendimento.

A graça é de graça; todo o resto está à venda, ou seja, há um preço a se pagar.

Bem aventurados os que não sabem, pois poderão perguntar e aprender.

Quando estou feliz, canto louvores; quando estou triste, canto lamentos, ó meu Senhor.

A verdadeira espiritualidade não nos torna mais espirituais, e sim mais humanos.

DENTRO E FORA

Os ricos em espírito dedicam tempo considerável para pensar sobre o que lhes falta possuir; os pobres, para desfrutar e celebrar o que já têm.

No último século, o filósofo ateu Friedrich Nietzsche censurou um grupo de cristãos com as seguintes palavras: " Eca! Vocês me enojam!". Quando o porta-voz dos cristãos perguntou por que, Nietzsche respondeu " Porque vocês, remidos, não parecem redimidos!". Os ricos são freqüentemente tão abatidos, cheios de culpa, ansiosos e insatisfeitos quanto seus semelhantes descrentes. Os pobres gritam: "Fica bem dar-lhe graças e louvor"

"BEM AVENTURADO OS POBRES EM ESPÍRITO, POIS DELES É O REINO DOS CÉUS"

Mateus 5.3

terça-feira, 5 de julho de 2011

VENDO O INTERIOR DO CORAÇÃO

A amabilidade de Jesus para com os pecadores brotava de sua capacidade de ler o coração deles e detectar a sinceridade e a bondade. Por trás dos gestos mais ranzinzas e dos mecanismos de defesa mais enigmáticos dos homens, por trás da arrogância e das máscaras, por trás de seu silêncio, das feições de desprezo e das imprecações, Jesus via criancinhas que não haviam sido amadas o bastante, tendo deixado crescer porque alguém deixara de acreditar nelas. A sensibilidade e a compaixão extraordinárias de Jesus fizeram que ele (e mais tarde também os apóstolos) falasse dos fiéis como "crianças", não importando quão altos, ricos, inteligentes e bem sucedidos fossem.


quarta-feira, 22 de junho de 2011

PREGAR É PRECISO

Parafraseando Fernando Pessoas digo eu:
PREGAR É PRECISO...

Nesta nossa nova etapa da vida nos deparamos com mais um desafio e ele se chama "Coimbra" em Portugal.
Estamos com o projeto e as malas prontas para sairmos novamente do Brasil que neste momento creio eu passa por uma fase bastante prospera.
Estamos partindo para enfrentar as vicissitudes de um país mergulhado na sua maior crise institucional. Nossos irmãos portugueses estão vivenciando o que conosco aconteceu durante muitos anos, a crise.
Recebo diariamente emails me avisando sobre a crise, sobre as dificuldades que haveremos de encontrar em solo português sobre tudo neste período, mas, minha resposta tem sido que: São nestes momentos em que as almas estão sem alento que poderemos falar sobre um Deus que cuida apesar das circunstancia. Falar do evangelho que foi escrito para pessoas sem esperança, exauridas de suas próprias forças, queremos falar do "Vinde a mim todos vós que estais cansado e oprimidos, para que sejam aliviados.
Vamos iniciar um trabalho que não aceita a Graça só na teoria, queremos praticar-la diariamente. Percebemos que no Brasil a palavra "Graça"em si, tornou-se banal e desgastada pelo mau uso e pelo excesso. Ela não mexe mais conosco da mesma forma que mexia quando estávamos passando por nossos momentos de crise.
O admirável som da Graça nos salva, ele nos impede de criarmos o orgulho meritório do evangelho triunfalista dos que tem antes de ser.
Que Deus nos abençoe, pois contamos somente com sua graça.